terça-feira, 24 de novembro de 2009

Manual de brincadeiras ilustradas

Isto é um manual de brincadeiras antigas, clássicas e suas versões modernas e politicamente corretas. Podem dizer " Mas, menina, todos conhecem essas". Porém, me dou ao direito de registrá-las mesmo assim. Brincadeiras tão significativas da nossa infância vem se perdendo. Não custa nada oferecer às nossas crianças aquilo que nos fez tão bem.

Este material, elaborado de acordo com as memórias dos pais e avós dos alunos do 1º, 2º e 3º estágios do período da tarde da escola Professora “Carmelita Vieira Terra Dias”, busca relembrar aquelas brincadeiras que fizeram a nossa infância um tanto mais feliz. É um verdadeiro manual de como se divertir com um pouco de espaço e pouquíssimo material.
Aproveitando para oferecer mais idéias, sugerimos versões modernas das brincadeiras relembradas.
E afirmamos também que todas as brincadeiras foram testadas e aprovadas pelo departamento de qualidade da nossa turminha. Quer garantia melhor?

Dança-da-cadeira
Essa é antiga e muito divertida.
Vamos precisar de muita gente, pois com poucas pessoas perde a emoção.
Vamos precisar também de várias cadeiras. O número de cadeiras deve ser menor que o número de participantes.
As cadeiras devem ser colocadas em círculos com o assento para o lado de fora da roda. Ao sinal dado, as crianças devem andar em volta da roda de cadeiras enquanto uma música é tocada. Quando a música parar, todos devem sentar-se. Quem ficar sem cadeira, sai da brincadeira e espera ela recomeçar numa próxima rodada.
Tem a versão cooperativa, na qual ninguém sai, só diminui o número de cadeiras. Então, o povo se espreme pra caber nas cadeiras que ficam. Nem queiram ver o que acontece quando fica só uma cadeira.


Batata-quente
Em roda de novo! As crianças devem passar uma bola de meia, enquanto um chefinho vai “assando a batata’’. Ele vai dizendo: batata quente, quente, quente, quente, ..., queimou!
Quem estiver com a “batata” na mão no momento em que queimar, sairá do jogo. Vence e será o novo chefe quem ficar por último.

Quente ou frio
Ainda em clima de verão...Uma criança é escolhida para ser o “caçador”. As demais combinam onde vão esconder um objeto, enquanto o caçador sai do ambiente. Em seguida, o caçador volta para procurar o objeto escondido. Para “esquentar” a brincadeira, os colegas vão dando dicas para o caçador.
Se estiver perto do objeto, gritam: Quente!
Se estiver longe, gritam: Frio!


Quente ou frio musical
Variação do quente ou frio para quem gosta de cantar. O jeito de brincar é o mesmo, mas ao invés de gritar quente ou frio, as crianças estarão cantando uma canção. Se aumentarem o volume, significa que o caçador está perto.
Se diminuírem o volume, quer dizer que ele está longe! Tem que prestar muita atenção para não dar dicas erradas!


Amarelinha
A figura abaixo deve ser desenhada no chão*. Cada participante deve arrumar uma pedrinha para jogar. Faz-se uma fila. Cada criança, na sua vez, joga a pedra em cada casinha. A pedra deve cair dentro da casa número 1, depois a criança pula o trajeto todo, exceto a casa marcada. Se realizar o percurso com sucesso, tenta acertar a casinha número 2. E assim sucessivamente. Não vale desequilibrar e nem pisar na linha!

*Não vou me dar ao trabalho de pôr o desenho, por que todo mundo sabe como é. E também por que eu não sei pôr. Hehe


Esbarra-manteiga
Toda a garotada deve se sentar em círculo, com as mãos fechadas e viradas para cima. Um mestre deve iniciar a parlenda:
“Esbarra a manteiga na fuça da nega.
Esse tapa que eu vou dar é de machucar! 1, 2, 3”
À medida que canta, vai dando um leve tapinha em cada mão. A mão que foi “batida” no momento em que o número 3 for falado sai do jogo. Ganha quem sair por último. Ahhh! Cuidado com o tapinha, hein! Nada de força!

Corre-cotia
Mais uma em roda. Uma criança é escolhida para começar a brincadeira. As crianças da roda devem cantar:
Corre-cotia
Na casa da tia
Corre cipó
Na casa da vó
Lencinho branco
Caiu no chão
Moço bonito
Do meu coração
Corredor: Posso correr?
Todos: Pode!
Corredor: Quantas voltas?
Todos: 2! (Varia)
Corredor: Forte ou fraco?
Todos: Forte! (Varia)
Feche o olho bem fechado
Vai chover no seu telhado!

Enquanto corre ao redor dos colegas, deposita uma bola de meia ( a mesma da "Batata quente") atrás de um deles. O que recebeu a bola deve, assim que perceber, tentar pegar o corredor ou queimá-lo com a bola. Se conseguir, será o novo corredor. Se não, o mesmo corredor continuará.

Passa-anel
De novo, vamos todos ficar em círculo. Agora, a posição da mão deve ser diferente: palma com palma (como se fosse bater palma e as mãos congelassem no momento em que se encontram). Uma pessoa, com um anel em suas mãos (vale moeda, pedrinha, etc. na falta do anel, que anel tá difícil por essas bandas), vai passando de mão em mão e fazendo o gesto de depositar o anel em cada mão (para confundir os amiguinhos). Depois que terminar de “passar o anel”, escolhe uma pessoa para “chutar” quem foi que recebeu o presentinho. Se este adivinhar, será o novo passador, se errar, a pessoa que ele sugeriu como sendo quem recebeu terá a chance de chutar. Legal, né?!


Pega-pega
Essa é famosa. Escolhe-se uma mãe, que será o pegador. As outras crianças devem correr para não serem pegas. A primeira criança pega será a nova mãe. Simples e divertido!

Agacha ou pega
Uma variação do pega-pega tradicional. Neste jeito de brincar, o pique não é um lugar ou objeto e sim uma posição. Para não poder ser pego, tem que abaixar. O pegador vai ficar muito cansado!

Abraça ou pega
Pega-pega é legal, mas com variação fica melhor ainda. Nessa outra forma de brincar, só não pode ser pego quem está abraçado com um amiguinho. É bom pra se exercitar, se divertir e fazer amizades também!

Pega e congela
Desse outro jeito, as crianças que forem sendo pegas, vão “congelando”, ou seja, “viram estátua” e devem ficar paradas no lugar em que foi tocada. Só pode sair e voltar a correr se alguém “salvá-la”, dando-lhe um tapinha.

Pega e gruda
Essa versão é boa porque quanto mais pessoas o pegador pega, mais fica difícil. Cada pessoa que a mãe pega deve dar as mãos, formando uma corrente. A mãe só pode pegar se todos estiverem de mãos dadas.


Esconde-esconde
Clássica e emocionante. Uma criança é escolhida para ser a mãe (de novo!). Ela deve cobrir a “cara” e fazer a contagem até o número combinado, para dar tempo do povo se esconder. Ao final da contagem, deve sair à procura dos escondidos. Assim que achar, corre ao pique (onde cobriu a “cara”) para “bater o nome” de quem achou. De acordo com o combinado, a última ou a primeira pessoa encontrada será a nova mãe.

Morto ou vivo
Todas as crianças devem estar alinhadas ombro a ombro. Um chefe vai comandar a brincadeira. Dando as ordens: morto ou vivo. As crianças devem, respectivamente, abaixar ou levantar. Pode variar a velocidade e a repetição ou alternação dos comandos, para ficar imprevisível. Quem erra sai da brincadeira e espera a próxima rodada. Ganha quem ficar por último. E esse vai ser o novo chefe.

Careca-cabeludo
No mesmo esquema da brincadeira vivo ou morto, pode-se brincar de careca/cabeludo. Ao ouvir o comando: CARECA!, todos devem cobrir os cabelos e CABELUDO!, todos devem mostrar suas madeixas.

Dentro-fora
Faz-se um círculo no chão e as crianças devem obedecer aos comandos: dentro e fora, entrando ou saindo do desenho feito no chão.

Triste e feliz
Essa é boa, porque fica difícil controlar a risada. Ao comando TRISTE, todos devem ficar sérios. Ao comando FELIZ, todos abrem aquele sorrisão.

Dormindo e acordado
Outra versão da mesma brincadeira, na qual o comando DORMINDO significa que todos devem fechar os olhos, enquanto o comando ACORDADO indica que devem abrir.

Coelhinho sai da toca
A idéia é a mesma da dança das cadeiras. As crianças vão disputar tocas que estarão em menor quantidade que elas. As tocas podem ser feitas de bambolê, jornal, ou até mesmo dois amiguinhos dando as mãos. Mais uma vez, precisamos de um chefe para comandar a brincadeira. Todos devem estar posicionados dentro de uma toca. O chefe ordena: Coelhinho sai da toca, 1, 2, 3! Então todos devem trocar de toca. Em seguida, retira-se uma toca. E novamente o chefe manda os coelhinhos se mudarem. Dessa vez, quem ficar sem toca sai da brincadeira e espera a próxima rodada.
Ahhh! Tem ainda a versão cooperativa. Na qual, ao invés de deixar o amiguinho de fora, todos devem se esforçar para fazer caber todo mundo nas tocas, mesmo que tenha que apertar um pouco.


Colaboradores, inspetores de qualidade e ilustradores:
Alan Victor da Costa Novais
Amanda Rios da Silva
Amanda Yumi Sakaziri
Ana Carolina Elias de Oliveira
Ana Caroline Demétrio Carvalho
Ana Terezinha Ferreira Lopes de Meira
Camille Helena Pereira Borges
Carolina Leonel de Melo
Enzo Koichi Kodavara
Felipe de Souza
Gustavo Boro Braga
Guilherme Henrique Parrilha de Mesquita
João Augusto Viana dos Santos
Júlia Odila Aparecida Flauzino
Luana Camargo
Milton Rosa Garcia Júnior
Murilo Brisola Martins
Paloma Batista Camargo
Ryan Mateus Proença Lopes
Tainá Maiara da Silva Pedroso
Vítor Augusto Angarten Borges

Professora: Margarete Aparecida Dias